26 de maio de 2025
A sci-fi Mothra – A Deusa Selvagem (1961) de Ishiro Honda, o mesmo de Gojira de 1954, produção também criada pelo estúdio japonês Toho, conhecida nos Estados Unidos e fora do Japão como Godzilla ( seu nome no circuito americano), é um belíssimo filme kaiju. Um filme Kaiju para quem não sabe é um filme que apresenta criaturas gigantescas, frequentemente monstruosas, geralmente com um tom de ficção científica ou de desastre. O termo "kaiju" vem do japonês e significa "monstro estranho" ou "fera incomum". Moth em inglês significa mariposa. Esses filmes exploram a ameaça que essas criaturas representam para a humanidade e as consequências das suas ações. Na trama, a mariposa gigante Mothra vinda da Ilha Infanta devasta o Japão em busca de duas pequeninas fadas gêmeas sacerdotisas (shobijin). É a primeira aparição do lendário kaiju Mothra, que depois participaria de filmes da série do Godzilla. É um filme que aborda uma relação ainda traumática com a questão das bombas atômicas durante a 2ª Guerra Mundial (1939-1945) lançadas no Japão e as consequências deixadas na sociedade japonesa. Mostra também a cobertura jornalística japonesa em torno de um escândalo envolvendo um monstro na sociedade japonesa. Mostra um personagem na trama que com a ganância através de um espetáculo quer lucrar com as fadas, que nem acontece, em filmes do Jurassic Park, onde o ser nativo ( fada, dinossauro, ou seja lá o que for) é tirado de sua terra natal para ser explorado. Ou que nem acontece em Monstros (Freaks de 1932) de Tod Browning, que pessoas com deficiências (como eram na vida real) são exploradas em espetáculos. Um filme belíssimo, com poucos recursos, mas que consegue fazer o espectador se divertir.
Nota: 4,0 de 5,0.
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